Negócios agropecuários no Brasil

O agronegócio é toda relação comercial e industrial, a qual envolve a cadeia produtiva agrícola ou pecuária. No Brasil, o termo agropecuária é usado para definir o uso econômico do solo para o cultivo da terra associado com a criação de animais.

Agronegócio (também chamado de agrobusiness) é o conjunto de negócios relacionados à agricultura e pecuária dentro do ponto de vista econômico.

Costuma-se dividir o estudo do agronegócio em três partes: a primeira parte trata-se dos negócios agropecuários propriamente dito ou de “dentro da porteira”, que representam os produtores rurais, sejam eles pequenos, médios ou grandes, constituídos na forma de pessoas físicas (fazendeiros ou camponeses) ou de pessoas jurídicas (empresas).

Na segunda parte, os negócios à montante da agropecuária, ou da “pré-porteira”, representados pela indústria e comércio que fornecem insumos para a produção rural como, por exemplo, os fabricantes de fertilizantes, defensivos químicos, equipamentos.

E na terceira parte estão os negócios à jusante dos negócios agropecuários ou de “pós-porteira”, onde estão a compra, transporte, beneficiamento e venda dos produtos agropecuários até o consumidor final. Enquadram-se nesta definição os frigoríficos, as indústrias têxteis e calçadistas, empacotadores, supermercados, distribuidores de alimentos.

Nesse ramo de negócios o Brasil lidera, de acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a economia da área na América Latina e no Caribe.

Os produtos exportados de maior destaque são: carnes; produtos florestais; complexo de soja, grão, farelo e óleo; café e o complexo sucroalcooleiro – álcool e açúcar. A mandioca, feijão e a laranja também estão entre os principais produtos agrícolas do Brasil. Já o trigo é principal produto agrícola que o Brasil importa.

Por ter muito destaque no mercado internacional é preciso sim valorizar a beleza dessa área e eternizar o estilo de trabalho.

Contando com essa perspectiva a empresa Sanphar-Think Solutions é uma empresa de produtos veterinários para animais agropecuários.

Fundada em 1992, a Sanphar Saúde Animal foi adquirida, em julho de 2007, pelo Grupo Erber AG, multinacional globalmente conhecida, com sede austríaca, detentora de várias patentes e que mantém diversos investimentos biotecnológicos em nutrição animal.

Sanphar Saúde Animal, indústria veterinária, voltada ao desenvolvimento, produção, importação e exportação de produtos de uso veterinário e nutrição animal conta com cerca de 150 colaboradores, incluindo representantes comerciais espalhados pelos diversos estados brasileiros e 15 distribuidores na América Latina.

Possui uma ampla linha de produtos voltados, principalmente, para a suinocultura e avicultura, porém com projetos, já iniciados, de expansão em outros segmentos como PET, bovinocultura e aqüicultura. (dados da empresa Sanphar).

Confiram abaixo algumas fotos feitas por Rildo Cundiev para a empresa Sanphar.

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Campanha publicitária Sanphar./Créditos: Rildo Cundiev

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Campanha publicitária Sanphar./Créditos: Rildo Cundiev

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Campanha publicitária Sanphar./Créditos: Rildo Cundiev

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Campanha publicitária Sanphar./Créditos: Rildo Cundiev

Para que vocês possam conferir a campanha publicitária na íntegra, acessem o álbum no Facebook do Stúdio Rildo Cundiev: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.604335999612041.1073741836.223229201056058&type=3

Até logo!

 

 

 

Book fotográfico: Plus Size

 Boa tarde, pessoal!

Para darmos continuidade sobre a importância do book fotográfico, hoje iremos falar um pouquinho sobre a variedade de estilos para um book.

Enganam-se quem pensa que um book fotográfico serve tão e somente para modelos com padrões de Gisele Bündchen.

O book fotográfico, além de servir como material de trabalho para apresentação em castings, também é utilizado para registrar um momento de sua vida. Fazer um book fotográfico é delicioso, pois conseguimos transmitir para a lente quem realmente somos, através dos nossos sorrisos, roupas, estilos e gostos.

Hoje iremos apresentar para vocês um nicho que está sendo valorizado a cada dia que passa no mundo da moda, principalmente no Brasil, onde as mulheres contêm muitas curvas e quadris largos: Plus Size.

Há mais ou menos dez anos os Estados Unidos começaram a produzir roupas acima do tamanho 42. Mas não eram tão e somente aquelas roupas sem graças. Começaram a surgir cortes, tecidos, texturas e estampas tendenciais para as mulheres do tamanho Extra Grande. Tal atitude possibilitou a inserção econômica desse nicho para os outros países, chegando no Brasil em meados de 2006.

Com essa nova revolução na moda, as mulheres Plus Size conseguiram se destacar no mercado de trabalho, nas lojas para compra de peças de roupa e no mundo fashion. Com essa grande valorização da Plus Size a moda passou de um simples agente de “entrega de roupa” para um agente social, abrindo diversos caminhos para esses tipos de mulheres e, principalmente, fazendo-as aceitá-las sua condição de beleza única.

Confiram abaixo o book fotográfico feito pelo fotógrafo Rildo Cundiev com a modelo Maíra Castro e make de Juliana Tomaz.

A TRADIÇÃO DA MARCA PAOLA CONSTANCE

Para darmos continuidade sobre os trabalhos do fotógrafo Rildo Cundiev, hoje iremos falar um pouquinho sobre a marca de calçados e acessórios femininos, Paola Constance.

Criada em 12 de outubro de 1991 pela empresária Ivone Polito, a empresa Paola Constance sempre se dedicou a apresentar para as suas clientes produtos com qualidade e inovadores. Do clássico ao contemporâneo, do calçado do dia para o calçado de uma festa, a marca sempre prezou em pré-requisitos essenciais e que estes mantiveram a marca como referência no mercado campineiro de calçados femininos há 22 anos.

Como toda boa empresa no segmento de moda, seja ela de calçados, roupas ou acessórios, é essencial a montagem de um catálogo para a apresentação da coleção da estação, através de catálogo impresso e digital.

Para tanto, é preciso de profissionais altamente qualificados para deixar em harmonia e, principalmente, apresentar o conceito da marca para o mercado.

Há quase três anos, o fotógrafo Rildo Cundiev foi responsável pelos cliques das melhores campanhas da marca. Com o profissionalismo da maquiadora Cristina Maira e o charme e beleza de Silvia Novais (Miss Campinas 2008/2009), Jocasta Costa (Miss Campinas 2007/2008) e Daiane Abreu, os catálogos não poderiam ser nada mais nada menos que divinos.

Com a escolha de mulheres ícones de beleza em Campinas, acessórios e roupas contemporâneas e um cenário clean, Ivone Polito realça no catálogo da Paola Constance todo o gamour e sofisticação que um acessório e um calçado é capaz de valorizar a feminilidade da mulher.

Confiram abaixo algumas fotos, tiradas por Rildo Cundiev, das coleções da Paola Constance.

Para mais informações sobre fotos para catálogos e editoriais de moda, acessem www.rildocundiev.com.br

Até mais.

O clique das lentes de Rildo Cundiev para a Mostra Casa Cor 2013

O evento Casa Cor é uma exposição de decoração, arquitetura e ambientação, criado em 1987, em São Paulo, pela brasileira Yolanda Figueiredo e pela argentina Angélica Rueda, após um encontro em Buenos Aires com os amigos.

O primeiro evento ocorreu em uma residência no bairro Jardim Europa, São Paulo, com 22 ambientes decorados por 25 profissionais.

Após o grande sucesso, a Casa Cor se expandiu para 14 cidades no Brasil, atingindo, também, a nível internacional.

Atualmente, o Grupo Abril Casa Cor é reconhecido como a maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo da Americana Latina. Em 2012, o evento recebeu 733 mil pessoas em toda a America Latina. No total são 25 eventos realizados pela Casa Cor ao longo do ano.

De acordo com Yolanda Figueiredo: “Em todas as suas edições, renomados arquitetos, decoradores e paisagistas reinventam espaços modificando-os livremente, com o compromisso de criar um ambiente inovador, atraente, sustentável e de muito bom gosto. O resultado é um evento que possibilita aos visitantes a experiência única de desfrutar a exposição de novidades em decoração, design, peças, materiais, tecnologia e equipamentos de altíssimo nível, para que vivenciem um momento de sonho e bem estar.”

Entretanto, para que esse evento seja concretizado e repassado para o público, é necessária a participação de opinião, tais como jornalistas, relações públicas, socialits e afins.

O fotógrafo tem um papel extremamente importante nesse evento, pois é através de suas lentes que são captados os detalhes e a personalização das peças, bem como do ambiente.

 Em Campinas, por exemplo, o fotógrafo Rildo Cundiev foi convidado por Junior Pacheco, Design de Interiores, para clicar as peças do espaço Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, ambiente com concepção de Junior e, também de Camila Peixoto, designers de interiores, na mostra Casa Cor 2013. As fotografias de Rildo foram utilizadas para compor o portfólio de Junior Pacheco.

Outra ligação de Rildo com a Casa Cor 2013 é o seu envolvimento com o Shopping Parque Dom Pedro. Neste ano, o shopping, além de patrocinador do evento, também cedeu um espaço para a montagem da Casa Cor Experience, um ambiente adaptado para portadores de necessidades físicas, com o foco na acessibilidade.

Vejam abaixo algumas fotos, tiradas por Rildo Cundiev, do Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013.

Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013./ Créditos: Rildo Cundiev

Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013./ Créditos: Rildo Cundiev

Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013./ Créditos: Rildo Cundiev

Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013./ Créditos: Rildo Cundiev

Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013./ Créditos: Rildo Cundiev

Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013./ Créditos: Rildo Cundiev

Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013./ Créditos: Rildo Cundiev

Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013./ Créditos: Rildo Cundiev

Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013./ Créditos: Rildo Cundiev

Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013./ Créditos: Rildo Cundiev

Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013./ Créditos: Rildo Cundiev

Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013./ Créditos: Rildo Cundiev

Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013./ Créditos: Rildo Cundiev

Ateliê da Dona de Casa e Brinquedoteca da Filha, na mostra Casa Cor 2013./ Créditos: Rildo Cundiev

A mostra da Casa Cor e a Casa Cor Experience ocorrerá até 03 de novembro de 2013.

Para visualizarem mais fotos do espaço, acessem o Fan Page do Stúdio Rildo Cundiev: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.598963476815960.1073741835.223229201056058&type=1

Para visualizarem a proposta daCasa Cor Experience, acessem o site do Shopping Parque Dom Pedro.  http://www.parquedpedro.com.br/blog/post/O-que-rola-no-Parque-D-Pedro-Shopping::A-Casa-Cor-Experience-esta-imperdivel

Um pouco da história da fotografia no Brasil

A história da fotografia no Brasil inicia-se em 1839, com a chegada do daguerreótipo ao Rio de Janeiro pelo francês Louis Compte. Entre 1840 e 1860, o recurso fotográfico difunde-se pelo país. Os nomes de Victor Frond (1821 – 1881), Marc Ferrez (1843 – 1923), Augusto Malta (1864 – 1957), Militão Augusto de Azevedo (1837 – 1905) e José Christiano Júnior (1835 – 1902) se destacam como pioneiros da fotografia entre os brasileiros.

Louis Compte

Primeira fotografia do Brasil por Louis Compte./Créditos: site Itaú Cultural

O valor expressivo e também documental das obras, dedicadas ao registro de aspectos variados da sociedade brasileira da época – por exemplo, os escravos de Christiano Júnior, ou a paisagem urbana captada por Militão no Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo, 1862-1887, vêm atraindo a atenção de pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento.

Largo da Sé por Militão Augusto de Azevedo./Créditos: site Veja

Largo da Sé por Militão Augusto de Azevedo./Créditos: site Veja

A fotografia, como documento, opõe-se a idéia de fotografia como ramo das belas-artes, uma idéia já em discussão em fins do século XIX. As intervenções no registro fotográfico por meio de técnicas pictóricas foram amplamente realizadas numa tentativa de adaptar o meio às concepções clássicas de arte, no que ficou conhecido como fotopictorialismo. Na década de 40, houve um momento de virada no que diz respeito à construção de uma estética moderna na fotografia brasileira.

Trata-se de pensar novas formas de aproximação entre fotografia e artes, longe da trilha aberta pelo pictorialismo. Em São Paulo, no interior do Foto Cine Club Bandeirantes, observa-se a experimentação de uma nova linguagem fotográfica, em trabalhos como os de Thomaz Farkas (1924) e Geraldo de Barros (1923 – 1998). Os trabalhos de Farkas, desse período, permitem flagrar a preocupação com pesquisas formais, exploração de planos e texturas, além da escolha de ângulos inusitados, como em Escada ao Sol (1946). Geraldo de Barros, por sua vez, notabiliza-se pelas cenas montadas, pelos recortes e desenhos que realiza sobre os negativos. Afinado com o movimento concreto dos anos 1950 e com o Grupo Ruptura, inaugura uma vertente abstrata na fotografia brasileira, como indica sua mostra Fotoformas, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – Masp, em 1950. As sugestões de seu trabalho serão retomadas por novas gerações de fotógrafos no interior da chamada Escola Paulista de fotografia, como nos trabalhos de Anna Mariani (1935) e João Bizarro Nave Filho. O que não quer dizer que o filão figurativo tenha sido abandonado, como atestam as produções de Claudio Puggliese e Eduardo Ayrosa. No Rio de Janeiro, o nome de José Oiticica Filho (1906 – 1964) aparece como outra alternativa à característica documental do meio. O Túnel (1951) representa um exemplo das montagens e da valorização do trabalho em laboratório que tanto atraíram o fotógrafo.

Fotografia do álbum “Escada ao Sol”, por Thomaz Farkas./Créditos: site Veja

Fotografia do álbum “Escada ao Sol”, por Thomaz Farkas./Créditos: site Veja

Fotografia da exposição Fotoformas, de Geraldo de Barros./Créditos: site Veja

Fotografia da exposição Fotoformas, de Geraldo de Barros./Créditos: site Veja

Ainda nas décadas de 40 e 50, observa-se a aproximação da fotografia com as artes plásticas, sob a égide do concretismo e do neoconcretismo. Nota-se a franca expansão do fotojornalismo no país, nas revistas O Cruzeiro e Manchete. Jean Manzon (1915 – 1990), José Medeiros (1921 – 1990), Luís C. Barreto, Flávio Damm (1928) e outros, fizeram da fotografia elemento ativo da reportagem. Além dos profissionais contratados, os órgãos de imprensa se valiam de colaboradores, como Pierre Verger (1902 – 1996) e Marcel Gautherot (1910 – 1996), assíduos em suas páginas. Quanto aos jornais, o Última Hora parece ter sido o primeiro a dar destaque à fotografia, recrutando profissionais como Orlando Brito (1950), Walter Firmo (1937) e Pedro Martinelli (1950).

O fotojornalismo de Jean Manzon./Créditos: site Itaú Cultural

O fotojornalismo de Jean Manzon./Créditos: site Itaú Cultural

Os anos 1950 marcam ainda o anúncio de um mercado editorial ligado à fotografia, seguido pela criação de revistas especializadas entre as mais importantes estão a Iris, fundada em 1947, e a Novidades Fotoptica, depois Fotoptica, criada em 1973 por Thomas Farkas. Ao lado da expansão de um mercado para o profissional da fotografia, nos anos 1950 e 1960, observa-se a entrada cada vez mais evidente dos trabalhos fotográficos nos museus e galerias de arte.

Revista Fotóptica, de Thomaz Farkas./Créditos: site Estado de São Paulo

Revista Fotóptica, de Thomaz Farkas./Créditos: site Estado de São Paulo

As décadas de 1960 e 1970, por sua vez, conhecem uma produção crescente que continua a oscilar entre trabalhos de cunho mais documental e outros de caráter experimental. A trilha etnográfica acentuada por Gautherot, Verger e H. Shultz é seguida por Maureen Bisilliat (1931) e Claudia Andujar (1931), em 1960 e 1970, e posteriormente por Milton Guran (1948), Marcos Santilli (1951), Rosa Gauditano (1955). O nome de Sebastião Salgado (1944) deve ser acrescentado à lista. Repórter fotográfico desde a década de 1970, Salgado realiza ensaios temáticos dedicados às questões sociais e políticas candentes, como os da década de 1990: Trabalhadores, Serra Pelada, Terra e Êxodos. A realidade social, as cenas urbanas e os pobres conhecem novo tratamento nos trabalhos de Miguel Rio Branco (1946), desde os anos 1980, quando fotografa o cotidiano de Salvador. A explosão de cores, a granulação da imagem e os ângulos inéditos recolocam o problema da relação entre a fotografia e a pintura.

Sebastião Salgado com a foto “Trabalhadores”./Créditos: site Estado de São Paulo

Sebastião Salgado com a foto “Trabalhadores”./Créditos: site Estado de São Paulo

As contribuições recentes de Rochelle Costi (1961), Vik Muniz (1961), Arthur Omar (1948), Rosângela Rennó (1962) e Cassio Vasconcellos (1965) e muitos outros apontam para as possibilidades abertas no campo das experimentações fotográficas.

Afeganistão, 2002. Foto de Arthur Omar./Créditos: site Veja

Afeganistão, 2002. Foto de Arthur Omar./Créditos: site Veja

O famoso Robert Capa

Hipnótico. É assim que Hélio Campos Mello define Ligeiramente fora de foco (Cosac Naify, 2010) de Robert Capa, e com razão.

O livro narra um dos ciclos mais importantes de sua vida profissional, seus anos de cobertura fotográfica da Segunda Guerra Mundial, permeado de peripécias, o romance com a atriz Ingrid Bergman, humor sarcástico e scotch, muito scotch. Além de outros drinks.

Na verdade, Capa queria ser escritor. E escrevia muito bem. Se já era um enorme prazer ver suas fotos, ler Robert Capa simultaneamente foi o casamento perfeito. Assim como fez com imagens, Capa exprime com primor as aventuras profissionais e pessoais na guerra por meio de seu enfileirar de letras.

Ligeiramente Um casamento bem sucedido

Créditos: Fotografia DG

As imagens costuram cronologicamente o texto apurado. Acho que todo mundo já ouviu a tão repercutida definição que deu às suas imagens: “ligeiramente fora de foco, um pouco sub-expostas e a composição não é nenhuma obra de arte”. E são essas características que dão o tom da guerra, traduzindo tensão, anseio, medo.
Ligeiramente 2 Um casamento bem sucedido

Créditos: Fotografia DG

Nascido no ano de 1913, em Budapeste, Hungria, seu nome era Endre Ernő Friedmann. Saiu do país para morar em Berlim, em seguida Viena e depois Paris, onde conheceu Gerda Taro, fotógrafa que veio a se tornar sua namorada. Juntos criaram o pseudônimo Robert Capa. Em 1936 foram juntos cobrir a Guera Civil Espanhola, onde Taro morreu atropelada por um tanque. Capa fundou a Agência Magnum ao lado de Henri Cartier-Bresson e David Seymour. Foi um dos principais fotógrafos de guerra, cobrindo ainda a Segunda Guerra Sino Japonesa, a Segunda Guerra Mundial, a Guerra árabe-israelense e a Guerra da Indochina, onde, em 1954, pisou em uma mina e morreu.

Dicas para câmera digital

Que tal aprender como garantir fotos de maior qualidade, mesmo sem ler o manual inteiro da câmera, nem frequentar um curso sobre a arte e a técnica da fotografia?A praticidade das câmeras digitais e a popularidade cada vez maior dos celulares com câmeras de melhor qualidade vem permitindo que cada vez mais pessoas, que não desejam dominar a técnica da fotografia, se dediquem a tirar fotos dos momentos que desejam preservar, paisagens que desejam relembrar e das pessoas de que gostam.

Dica de Camera 1

Créditos: site New Photograph

Ler o manual inteiro dos equipamentos, e frequentar um bom curso sobre o tema, seriam estratégias bastante interessantes, se você realmente quer dominar a Fotografia. Mas se o seu interesse é casual, as dicas a seguir irão lhe ajudar a melhorar bastante seus resultados, sem esforço desproporcional.

Como fotografar melhor

  1. Dirija e intervenha: Se estiver tirando fotos de pessoas posando, não se limite a fotografá-las como estiverem, ou aos clássicos comandos direcionais (“mais pra trás”, “mais pra direita”). Procure o melhor fundo, a melhor iluminação, reagrupe-as. Procure mostrar a personalidade delas, tire múltiplas fotos para depois escolher as melhores. Mas não exagere, a não ser que sejam modelos pagos para isso, senão logo elas vão parar de colaborar!
Créditos: site New Photograph

Créditos: site New Photograph

  1. Não centralize tudo! Depois que você aprender a travar o foco (veja a dica 5, abaixo), passe a dar mais vida e dinamismo às suas fotos, abandonando a técnica antiga de deixar o ponto principal da foto exatamente no seu centro. Uma das maneiras mais básicas de obter um enquadramento harmonioso é imaginar que a sua foto é um grande tabuleiro de jogo da velha, e alinhar o modelo a uma das duas linhas verticais traçadas, como no exemplo acima. Depois de dominar o alinhamento básico, você pode buscar aprender mais sobre o bom uso da grade de 3×3 células formada pelo “jogo da velha”, usando bem suas linhas e células para enquadrar. Dica extra: algumas câmeras dispõem do recurso de exibir esta grade diretamente no display, facilitando a vida de nós, amadores.Plano médio e plano americano. 

    Plano médio e plano americano./Créditos: site New Photograph

    Plano médio e plano americano./Créditos: site New Photograph

  2. Dê dois ou cinco passos para a frente… Uma foto bem enquadrada mostra ao mesmo tempo os pés e a cabeça do modelo, mas às vezes faz bastante sentido tirar as fotos bem mais de perto. Enquadre bem, e conscientemente, mas não tenha medo de tirar as fotos um pouco mais de perto. Se for o caso, tome emprestado do Cinema o Plano Americano (do joelho pra cima, mostrando melhor a expressividade do rosto, sem esconder o fundo) ou o Plano Médio (da cintura pra cima, mostrando com clareza a interação entre os modelos).

    Créditos: site New Photograph

    Créditos: site New Photograph

  3. Pratique o uso do seu flash fora de casa: Ao tirar retratos fora de casa, dependendo das condições de iluminação, o rosto ficará sombreado. Dominar o uso do flash nestas condições exige alguma prática, mas praticar com fotos digitais custa pouco – convide alguém e pratique posicionamento (contra o sol, a favor do sol, na sombra, etc.) e distâncias até saber como se posicionar – e aí aplique o que aprendeu, quando chegar a hora certa. Às vezes a distância máxima para uso do flash ao ar livre não passa de 5 ou 6 passos, e se você tirar fotos com ele ligado a distâncias superiores a isso, o efeito será o oposto ao desejado: vai ficar tudo escuro.

    Créditos: site New Photograph

    Créditos: site New Photograph

  4. Aprenda a “travar” o foco: já aconteceu de você tirar uma foto, e ao vê-la posteriormente, perceber que a câmera colocou em foco alguma coisa do fundo da imagem, e o que você queria mostrar ficou borrado, como no exemplo acima? Normalmente, para “travar” o foco, você deve apontar a mira da sua câmera digital exatamente para o ponto que deseja focalizar, e aí apertar o disparador até a metade, aguardando para que seja focalizado (até ouvir um bip, ou ver o indicador da mira ficar verde). Aí, sem soltar o disparador (que está apertado apenas até a metade), reposicione a câmera para dar o enquadramento que desejar – o foco permanecerá fixo, por mais que você reenquadre.

    Créditos: site New Photograph

    Créditos: site New Photograph

  5. Tenha memória e bateria suficientes: a marca do fotógrafo amador mal-sucedido é o despreparo. Quem já não viu alguém num canto da festa apagando fotos da memória da câmera porque acabou o espaço, e reclamando porque está tendo de apagar fotos de que havia gostado? Quem nunca ouviu a clássica pergunta desesperada: “alguém tem pilha? a minha acabou!” Se você gosta de fotografar, comprar mais um ou dois cartões de memória para a sua câmera não é caro, e ter baterias carregadas de reserva é essencial.

    Créditos: site New Photograph

    Créditos: site New Photograph

  6. Fique na altura do seu modelo: Especialmente se for tirar fotos de crianças ou bichos, procure segurar a câmera na altura dos olhos deles. A foto vai ficar muito mais interessante e natural, mesmo que eles não estejam olhando para a lente da câmera! Veja a diferença no exemplo acima, cortesia da Kodak.

    Créditos: site New Photograph

    Créditos: site New Photograph

  7. Prefira um plano de fundo que seja uniforme: não precisa ser liso, mas idealmente deve ser contínuo. Tome cuidado especialmente com composições que façam parecer que um galho ou um poste “nascem” da cabeça de alguém retratado. Um fundo uniforme destaca o tema da sua foto, como demonstra o exemplo acima, cortesia da Kodak.
  8. Conte a história toda: Se estiver fotografando um evento, como uma viagem ou uma festa, não se esqueça de contar a história toda: registre os preparativos, a partida, arrumações, chegada de convidados, retorno, etc. Tire muitas fotos, e depois escolha quais merecem ser guardadas. Assim, o registro fica muito mais rico.

    Créditos: site New Photograph

    Créditos: site New Photograph

  9. Automatize o que precisar: Eu prefiro escolher sozinho o foco e o momento exato da foto, mas há quem tenha dificuldades na operação ou coordenação e acaba tirando grande quantidade de fotos tremidas, fora de foco, ou perdendo o momento exato que queria registrar. Se você conhece alguém assim, insira na lista de possíveis presentes de aniversário para esta pessoa uma câmera com estabilização automática de imagem, detecção de face (‘face detection’) e detecção de sorriso (‘smile shutter’). O primeiro estabiliza a cena, evitando o efeito causado pelo tremor do fotógrafo.
  10. Na foto da direita, o face detection estava ativado, e a câmera ajustou sozinha o foco e exposição.

    Créditos: site New Photograph

    Créditos: site New Photograph

  11. Ambos os demais são recursos exclusivos para “retratos”, sendo que o primeiro deles identifica automaticamente os rostos das pessoas sendo enquadradas, e ajusta o foco, exposição e outros parâmetros da câmera para mostrá-los melhor. Já o último fica atento a estes rostos, e tira a foto no momento em que detectar o surgimento de um sorriso. As configurações avançadas podem ser complicadas (de sorrisinho a gargalhada, sorrisos de todos os modelos ou de um específico, etc.), mas a configuração padrão tende a ser boa, bastando ativá-la (e essa parte é fácil) quando necessário.

    Créditos: site New Photograph

    Créditos: site New Photograph

  12. Mantenha a câmera em alta resolução: Uma dica clássica, e completamente desnecessária se você seguiu a dica lá de cima sobre estar preparado, era configurar a câmera para usar baixas resoluções, permitindo assim guardar mais fotos na memória. Tenha bastante memória disponível, e aí não tenha medo de manter a configuração original de resolução – 5 megapixels ou mais, e nunca menos de 3 megapixels. Você sempre pode reduzi-las na hora de arquivá-las no micro, se desejar, mas mantê-las em alta resolução lhe dará a opção futura de imprimir com qualidade, até mesmo em formatos maiores.

    Créditos: site New Photograph

    Créditos: site New Photograph

  13. Gosta de auto-retratos? As câmeras digitais, especialmente as de celulares e smartphones, são responsáveis pela proliferação de auto-retratos tirados segurando a câmera com o braço esticado, tendo de adivinhar o enquadramento, o foco e o fundo. Muitas vezes, mesmo que a foto não fique tecnicamente boa, serve como um registro divertido e interessante. Se você tem o hábito, peça ao Papai Noel uma câmera com flip no display LCD, permitindo girá-lo para ver a imagem mesmo quando se está de frente para a lente. Se não rolar, ao menos procure uma câmera com um mini-espelho de enquadramento ao lado da lente, como as de alguns smartphones Treo, de aparelhos diversos da Nokia (o meu E71 tem), e de muitos outros.
  14. … ou compre um mini tripé: Se você gosta de tirar fotos de si mesmo (seja com o timer da própria câmera, ou segurando a câmera apontada para si), está na hora de arranjar um mini-tripé. Muitos deles cabem, quando desarmados, no estojo da sua câmera. Eles permitem melhor posicionamento e controle de enquadramento, e custam tão barato que não vale a pena continuar sem eles.

Uma dica extra, para quem quiser praticar, é a da “revelação” caseira. Imprimir fotos em casa, com qualidade típica de serviços profissionais, pode exigir equipamentos e suprimentos relativamente caros. Mas uma impressora doméstica típica, operando em seu modo de mais alta qualidade e com papéis fotográficos que você encontra na papelaria da esquina, pode servir bem para uma impressão casual ou eventual, especialmente quando for para praticar. Eu sempre tenho em casa um envelope destes papéis, e de vez em quando eles são úteis – mas tomo o cuidado de guardá-los seguindo as recomendações do fabricante, expressas no envelope, senão eles estragam rapidinho.

Ensaio sensual

 Um ensaio sensual pede muita paciência, atenção e cuidado. De certa forma, você está entrando em uma área íntima da vida do seu cliente, portanto toda discrição da sua parte é fundamental. Você trabalha com o psicológico e a autoestima também, por isso muita cautela nessas horas.

 1- Primeira coisa (como sempre): Converse com sua cliente. Perceba sua personalidade, converse sobre suas vontades e desejos. Deixe sua cliente a vontade para falar sobre o que quiser e como sonha em realizar este ensaio sensual.

2- Sempre ouça e observe tudo com muita atenção e jamais diga que tal ideia é cafona, brega ou que ficará horrível. Palavras negativas ou contrárias podem travar sua cliente e aí fica bem complicado para desenvolver um trabalho bacana. Se caso ela der alguma ideia que você já sabe que não ficará legal, contorne a conversa e apresente outras ideias. Se caso a cliente insistir, faça o que ela deseja, porém inclua sua ideia ao longo do ensaio sutilmente, isso se você sentir que é permitido. Nunca force nada, nem mesmo suas ideias.

3- O ensaio sensual possui vários estilos, porém destaco três que acho que são os principais: Estilo Sexy, Estilo Romântico, Estilo Fetiche. Antes de fotografar, você precisa saber qual destes estilos mais se enquadram com sua cliente.

Estilo Sexy: Provavelmente sua cliente é mais aberta as ideias e produções ousadas, assim como as cores, vermelho, preto, pink, etc… Uma maquiagem mais pesada é uma boa pedida neste tipo de estilo. As poses também são mais ousadas e as fotos podem ser realizadas em lugares com pouca iluminação seja em estúdio ou externo. Motéis são bem vindos para este tipo de fotografia.

Estilo Romântico: Cores claras como nude, rosa, branco, dourado, assim como uma iluminação bem clara em ambientes que remetam suavidade. O ar de mistério e fantasia, mostrando sempre a sutileza da sensualidade. A vulgaridade passa longe a não ser que seja proposital e que sua cliente esteja ciente desta mistura romântico X vulgar, mas tudo isso é sempre definido pela cliente.

Estilo Fetiche: Neste tema você trabalha exatamente em cima daquilo que sua cliente quer e normalmente elas já tem em mente alguma fantasia. A partir daí é só desenvolver a ideia com ela, sempre trocando informações e expondo todo o tipo de ideia pra que tudo fique bem claro para ambas as partes. A iluminação e a produção vão de acordo com o fetiche, a fantasia. Este tema é possível trabalhar em cima de cenários e montar uma história para que se defina realmente o tema fetiche.

4- Este tipo de ensaio é sempre muito íntimo e quanto menos você expor sua cliente, melhor. Por isso evite levar uma equipe muito grande. E se ela quiser levar um acompanhante, permita, pois assim ela se sentirá mais segura. Mas lembre-se: quanto menos pessoas, melhor.

5- Mantenha sempre um contato amigável com a cliente, para que ela se sinta a vontade, acompanhe seu ritmo e não force poses. Comece com poses suaves e uma produção maior, ao longo da sessão ela estará mais a vontade e naturalmente vão surgindo poses e produções mais ousadas.

6- Além de lingeries, leve alguns tecidos leves e faça algumas fotos somente com os tecidos. Amarrações “mostra, não mostra” sempre dão certo.

7- Fotos de detalhes são bem vindas e trazem um ar de mistério para o ensaio. Clicks tanto das peças da cliente ou partes de seu corpo dão um ar de exclusividade para o ensaio, ou seja, são detalhes que você extrai que só sua cliente possui.

8- Leve sempre uma pesquisa de imagens para mostrar suas ideias, poses e atitudes. Imagens podem ser seu grande aliado nessas horas, muitas vezes sua cliente poderá se sentir tensa ou tímida, então não adiantará palavras nestas horas para explicar poses ousadas, é aí que entra sua outra alternativa.

9- Fotos espontâneas ficam lindas para este tipo de ensaio, portanto, converse, brinque, peça para sua cliente arrumar os cabelos, amarrar a sandália, ou fechar algum zíper por exemplo e aproveite esses momentos para fotografar.

10- Elogie sempre e verdadeiramente (claro) e quando você clicar uma foto linda não esqueça de mostrar. Quando o fotógrafo mostra apenas algumas fotos durante o ensaio, a tendência é da cliente se admirar e consequentemente sua auto-estima vai lá em cima! E essa é uma boa hora para clicar ainda mais, pois ela se sentirá feliz, segura e linda!

19 de agosto: dia internacional da fotografia

Boa tarde, pessoal!

Para comemorarmos o dia internacional da fotografia, nada melhor do que presenteá-los com as cinco fotografias mais famosas do mundo.

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Os Beatles atravessando a Abbey Road (1969)

A fotografia que imortalizou o fotógrafo escocês, Iain Macmillan, foi tirada do lado de fora dos estúdios Abbey Road, em Londres. Foram feitas seis fotos. Reza a lenda que o fotógrafo só teve dez minutos para clicar os músicos atravessando a faixa de pedestres da famosa rua londrina. Lennon teria dito: “Vamos tirar logo essa foto e sair daqui, deveríamos estar gravando o disco e não posando pra fotos idiotas”. McCartney aparece de pés descalços na fotografia, fato que alimentou a lenda de que ele estaria morto, vítima de um acidente de carro três anos antes.

Fotografia: Iain Macmillan

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Einstein mostrando a língua (1951)

Einstein acabara de ser homenageado por seu aniversário de 72 anos. Diante da perseguição dos fotógrafos e repórteres que pediam que fizesse uma pose, o cientista mostrou a língua para demonstrar seu descontentamento com o assédio. Embora essa versão tenha sido confirmada pelo fotógrafo, existem outras teorias e hipóteses menos críveis, por exemplo, um suposto protesto antibomba atômica.

Fotografia: Arthur Sasse

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Menina afegã (1984)

Sharbat Gula tinha 12 anos quando foi fotografada durante uma reportagem da “National Geographic” sobre a ocupação soviética no Afeganistão. Se tornou uma das fotografias mais conhecidas do mundo. Em 2002, o fotógrafo Steve McCurry, autor da fotografia, reencontrou Gula, então, com 30 anos, numa região remota do Afeganistão. Ela não tinha a menor ideia do impacto que sua foto causou na civilização ocidental.

Fotografia: Steve McCurry

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O beijo da Times Square (1945)

Fotografia imortalizada pela revista “Life”. Durante o anúncio do fim da guerra contra o Japão, em 14 de agosto de 1945, o fotógrafo, Alfred Eisenstaedt, registrou um marinheiro beijando uma jovem mulher de vestido branco. A mulher foi identificada mais tarde, na década de 1970, como Edith Shain. A identidade do marinheiro permanece desconhecida e controversa. Mas está é apenas uma das versões.

Fotografia: Alfred Eisenstaedt

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Che Guevara — Guerrilheiro Heroico (1960)

Guevara participava de um memorial às vítimas de uma explosão de barco que matara 136 pessoas, quando foi fotografado por Alberto Korda, em 5 de março de 1960. Embora a autoria seja de Korda, a foto foi imortalizada pelo artista irlandês, Jim Fitzpatrick, que criou uma estampa em monotipia baseada na foto e a colocou em domínio público.

Fotografia: Alberto Korda

Fontes das imagens: Photographium, World’s Famous Photos, Life, Digital History, Listverse, Al Fotto, Tripwire Magazine, Photo Net, Photography Schools Online, The Pulitzer Prizes e World Press Photo.

História da fotografia mundial

Para darmos o start-up no blog Studio Rildo Cundiev, nada melhor do que contar um pouco sobre a história da fotografia no mundo.

história da fotografia pode ser contada a partir das experiências executadas por químicos e alquimistas desde a mais remota antiguidade. Por volta de 350 a.C., aproximadamente na época em que viveu Aristóteles na Grécia antiga, já se conhecia o fenômeno da produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício. O físico e matemático, Alhazen, em torno do século X, descreveu um método de observação dos eclipses solares, através da utilização de uma câmara escura. A câmara escura na época consistia de um quarto com um pequeno orifício aberto para o exterior.

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Físico e matemático, Alhazen./Créditos: site Alquimía

Em 1525, já se conhecia o escurecimento dos sais de prata. No ano de 1604, o físico-químico italiano, Ângelo Sala, estudou o escurecimento de alguns compostos de prata pela exposição à luz do Sol. Até então, se conhecia o processo de escurecimento e de formação das imagens efêmeras sobre uma película dos referidos sais, porém havia o problema da interrupção do processo.

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Físico e químico, Ângelo Sala./Créditos: site Grupo de Estudos

Em 1725Johann Heinrich Schulze, professor de medicina na Universidade de Aldorf, na Alemanha, conseguiu uma projeção e uma imagem com uma duração de tempo maior, porém não conseguiu detectar o porquê do aumento do tempo.

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Professor Schulze./Créditos: site Cotianet

Continuando suas experiências, Schulze colocou à exposição da luz do sol um frasco contendo nitrato de prata. Examinando-o algum tempo depois, percebeu que a parte da solução atingida pela luz solar tornou-se de coloração violeta escura.  Sculze notou também que o restante da mistura continuava com a cor esbranquiçada original. Sacudindo a garrafa, observou o desaparecimento do violeta. Continuando, colocou um papel carbono no frasco e o expôs ao sol. Depois de certo tempo, ao remover os carbonos, observou delineados pelos sedimentos escurecidos padrões esbranquiçados, que eram as silhuetas em negativo das tiras opacas do papel. Schulze estava em dúvida se a alteração era devida à luz do sol, ou ao calor. Para confirmar se era pelo calor, refez a mesma experiência dentro de um forno, percebendo que não houve alteração. Concluiu, então, que era a presença da luz que provocava a mudança. Continuando suas experiências, acabou por constatar que a luz de seu quarto era suficientemente forte para escurecer as silhuetas no mesmo tom dos sedimentos que as delineavam.

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Máquina fotográfica Slomexa./Créditos: site Alquimia

O químico sueco, Carl Wilhelm Scheele, em 1777, também comprovou o enegrecimento dos sais devida à ação da luz.

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Químico, Scheele./Créditos: site Answers

Thomas Wedgwood realizou no início do século XIX experimentos semelhantes. Colocou expostos à luz do sol algumas folhas de árvores e asas de insetos sobre papel e couro branco sensibilizados com prata. Conseguiu silhuetas em negativo e tentou de diversas maneiras torná-las permanentes. Porém, não tinha como interromper o processo, e a luz continuava a enegrecer as imagens.

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Thomas Wedgwood./Créditos: site Dec.UFCG

Schulze, Scheele, e Wedgewood descobriram o processo que os átomos de prata possuem a propriedade de possibilitar a formação de compostos e cristais que reagem de forma delicada e controlável à energia das ondas de luz.

Porém, o francês, Joseph Nicéphore Niépce, descobriu o fisionotraço e a litografia. Em 1817, obteve imagens com cloreto de prata sobre papel. Em 1822, conseguiu fixar uma imagem pouco contrastada sobre uma placa metálica, utilizando nas partes claras betume-da-judéia, que, por sua vez, fica insolúvel sob a ação da luz e as sombras na base metálica.

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Joseph Nicéphore Niepce./Créditos: site Molecular Expressions

A primeira fotografia conseguida no mundo foi tirada no verão de 1826, da janela da casa de Niepce,a qual encontra-se preservada até hoje no Harry Ransom Center da Universidade do Texas, EUA. Esta descoberta se deu quando o francês pesquisava um método automático para copiar desenho e traço nas pedras de litografia. Ele sabia que alguns tipos de asfalto, entre eles o betume da judéia endurecem quando expostos à luz. Para realizar seu experimento, dissolveu em óleo de lavanda o asfalto, cobrindo com esta mistura uma placa de peltre (liga de antimônio, estanho, cobre e chumbo). Colocou em cima da superfície preparada uma ilustração a traço banhada em óleo com a finalidade de ficar translúcida. Expôs ao sol, que, por sua vez, endureceu o asfalto em todas as áreas transparentes do desenho que permitiram à luz atingir a chapa. Entretanto, nas partes protegidas, o revestimento continuou solúvel. Niépce lavou a chapa com óleo de lavanda, removendo o betume. Depois imergiu a chapa em ácido, que penetrou nas áreas em que o betume foi removido e as corroeu. Após todo o procedimento formou-se uma espécie de imagem que poderia ser usada para reprodução de outras cópias.

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Primeira fotografia feita por Niepce em sua casa, 1826./ Créditos: site Foto.EDU

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Câmera feita por Niepce./Créditos: site Foto Lower History

Niepce e Louis-Jacques Mandé Daguerre iniciaram suas pesquisas em 1829. Dez anos depois, foi lançado o processo chamado daguerreótipo.

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Louis-Jacques Mandé Daguerre./Créditos: site Fotomiter

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Processo Daguerreótipo./Créditos: site Foto Lowers History

Este processo consistia numa placa de ouro e prata, exposta em vapores de iodo. Dessa maneira, formava uma camada de iodeto de prata sobre si. Quando numa câmara escura e exposta à luz, a placa era revelada em vapor de mercúrio aquecido, este aderia onde havia a incidência da luz mostrando as imagens. Essas imagens eram fixadas por uma solução de tiossulfato de sódio. O daguerreótipo não permitia cópias, apesar disso, o sistema de Daguerre se difundiu. Inicialmente muito longos, os tempos de exposição encurtaram, devido às pesquisas de Friedrich Voigtländer e John F. Goddard em 1840, que criaram lentes com abertura maior e ressensibilizavam a placa com bromo.

William Henry Fox Talbot lançou, em 1841, o calótipo, processo mais eficiente de fixar imagens. O papel impregnado de iodeto de prata era exposto à luz numa câmara escura. A imagem era revelada com ácido gálico e fixada com tiossulfato de sódio, resultando em um negativo, que era impregnado de óleo até tornar-se transparente. O positivo se fazia por contato com papel sensibilizado, processo utilizado até os dias de hoje.

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William Henry Fox Talbot./Créditos: site History Channel

O calótipo foi a primeira fase na linha de desenvolvimento da fotografia moderna, o daguerreótipo conduziria à fotogravura, processo utilizado para reprodução de fotografias em revistas e jornais.

Frederick Scott Arche inventou em 1851, a emulsão de colódio úmida. Era uma solução de piroxilina em éter e álcool, adicionava um iodeto solúvel, com certa quantidade de brometo, e cobria uma placa de vidro com o preparado. Na câmara escura, o colódio iodizado, imerso em banho de prata, formava iodeto de prata com excesso de nitrato. Ainda úmida, a placa era exposta à luz na câmara, revelada por imersão em pirogalol com ácido acético e fixada com tiossulfato de sódio.

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Frederick Scott Archer./Créditos: site History Channel

Em 1864, o processo foi aperfeiçoado e passou-se a produzir uma emulsão seca de brometo de prata em colódio. Em 1871Richard Leach Maddox fabricou as primeiras placas secas com gelatina em lugar de colódio. Em 1874, as emulsões passaram a ser lavadas em água corrente, para eliminar sais residuais e preservar as placas.

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Richard Leach Maddox./Créditos: site Cotinet

Os irmãos franceses, Jean Niceforo e Claude Niepce, foram os primeiros a relacionar a imagem realizada com luz e uma câmera escura. Mas eles não foram os únicos investigadores desta atividade. Até os dias atuais, muitos pesquisadores ainda elaboram experimentos para aperfeiçoarem cada vez mais a fotografia para atingir a maior perfeição com o “ao vivo”.

Gostaram? Para ter mais informações, acessem o vídeo da History.

http://www.youtube.com/watch?v=GyNa1OdJJcg